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All reviews - Movies (77)

The (not so) Great Buck Howard

Posted : 14 years, 3 months ago on 27 January 2010 12:11 (A review of The Great Buck Howard)

Os primeiros minutos de A Mente que Mente(2008) contam de forma dinâmica, ágil e criativa as opções de Troy quanto a escolha de sua futura profissão, desde o clássico “quero ser astronauta”, passando por cortador de grama e tendo toda e cada opção vetada pelo pai, que só aceita que Troy se torne um advogado, e lá está ele cursando a faculdade de Direito quando o diretor e roteirista Sean McGinly abandona por completo o encantador dinamismo do início e embarca no que mais se parece com um teste de paciência cansando o espectador até o último minuto.

Troy, interpretado por Colin Hanks, filho de Tom Hanks, decide largar a faculdade e até descobrir sua verdadeira vocação se vê empregado como assistente de um minguante mágico/mentalista, Buck Howard, que lhe promete o que nenhuma faculdade poderia oferecer: experiênica de vida(!). Desocupado e precisando do dinheiro Troy viaja com Buck que apresenta seu show para pequenos públicos em pequenas cidades do interior dos Estados Unidos e das escolhas pessoais de Troy, o filme passa a enredar a rotina de subcelebridades e explora de forma até carinhosa as veleidades dos fãs desses beligerantes profissinais.

Em um momento Tom Hanks, pai de Troy na ficção também, surpreende o filho na saída de um dos espetáculos e tem uma morna abordagem, completamente frustrante perto da tirana e inflexível postura firmada no início. Troy é delido na segunda metade do filme tornando-se coadjuvante mesmo quando engata um insoso affair com Emily Blunt, uma relações públicas cobrindo o “novo grande número” de Buck Howard. O viés que ainda se mantém é o ceticismo de Troy sendo testado quanto aos segredos, truques ou real talento do emblemático mentalista, John Malkovitch, que não consegue sozinho salvar o longa mas distrai, com sua distinta e indômita interpretação, do fiasco que é The Great Buck Howard.


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Delicious em Sundance

Posted : 14 years, 3 months ago on 27 January 2010 12:07 (A review of Sympathy for Delicious)

“Sympathy for Delicious “(2010), que está sendo apresentado no Festival de Sundance, conta a estória de Delicious Dean, um dj que recentemente sofreu um acidente e está condenado à cadeira de rodas. Morando em seu carro, Dean faz suas refeições com moradores de ruas que recebem este auxílio de um jovem padre, papel assumido pelo próprio Mark Ruffalo em seu début como diretor.

O protagonista em sua busca pela cura através da fé descobre-se capaz de curar outras pessoas com suas mãos, e acaba usando seu dom promovendo uma banda de punk-rock que o agrega pela publicidade. Orlando Bloom (ao que parece com uma atuação emblemática) e Juliette Lewis são membros da banda, e o filme ainda conta com Laura Linney.

O roteirista Christopher Thornton interpreta Delicious Dean sofreu um acidente e ficou paralisado da cintura para baixo aos 25 anos e continuou atuando principalmente no teatro. Junto com Mark Ruffalo assume com ousadia um longa independente que mesclacom humor negro as questões da fé e os excessos do mundo do rock.


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Dostoiévski e Joaquins

Posted : 14 years, 4 months ago on 20 December 2009 10:20 (A review of Two Lovers)

Filho único de um casal de imigrantes, Leonard volta para casa dos pais após um traumático término de noivado e sucessivas tentativas de suicídio. Donos da lavanderia onde o filho eventualmente trabalha forçam um romance entre Leonard e a filha do novo sócio, a sensível e plácida Sandra, inteiramente disponível e disposta a cuidar das profundas cicatrizes do personagem de Joaquin Phoenix.

Seu relacionamento com Sandra se desenvolve assim como sua ordinária rotina, seguindo o fluxo, enquanto sua inquietude e ansiedade parecem a ponto de transbordar. É um encontro casual com a nova vizinha, Michelle, que dá vazão aos extremos de Leonard.

Tempestuosa e imatura, Michelle é amante de um rico advogado que se divide entre a esposa e as noites em que a leva a ópera e sua relação com o Leonard remete ao enredo do romance “Noites Brancas”. Mas essa previsibilidade da trama é um detalhe, o triunfo de James Gray está na metáfora visual, um Brooklyn, visto do topo do prédio nas cenas mais densas e incômodas, com atmosfera da São Peterburgo de Dostoiévski.

A melancolia e a ansiedade emergentes das belíssimas atuações, como a de Isabella Rossellini na pele da mãe de Leonard, completam e coroam essa bela e dolorosa crônica que recebeu ano passado indicação a Palma de Ouro em Cannes: mérito de um maduro James Gray e seus Joaquins: seu protagonista e o diretor de fotografia Joaquin Baca-Asay.


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"efeitos quase narcóticos"

Posted : 14 years, 4 months ago on 16 December 2009 11:16 (A review of Brand Upon the Brain! A Remembrance in 12 Chapters)

A exibição de “Brand Upon the Brain!”(2006) no 57º Festival de Berlim foi um evento a parte. Acompanhado da Orquestra Volkswagen e narração vibrante de Isabella Rossellini, o longa do canadense Guy Maddin foi ovacionado no Deutsche Oper Berlin.

Lírico e expressionista, o eletrizante suspense mostra o retorno do jovem Guy à misteriosa ilha onde passou sua infância morando em um farol e revive a trama desprendida da chegada de dois jovens detetives guiados pela sombrio das relações opressivas da família de Guy. O protagonista ainda nutre um complexo de Édipo ao passo que sua irmã desenvolve um relacionamento homossexual com um dos recém-chegados a ilha. Maddin, do fantástico e excêntrico “The Saddest Music in the World”(2003) protagonizado por sua musa Rossellini consegue em “Marcado Na Mente” recriar em definitivo a urgência do nascimento do cinema.

“Eu queria colocar na tela os efeitos literários. Eu gosto do modo que a leitura de uma metáfora perfeita produz efeitos quase narcóticos“, e segue dizendo que aceita a qualificação de ‘experimental’ de seus filmes por não serem comerciais ou apenas divertidos. Isso, de fato, não são.


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Sunshines

Posted : 14 years, 4 months ago on 16 December 2009 11:12 (A review of Sunshine Cleaning)

Quem gostou de “Little Miss Sunshine “(2006) não vai se decepcionar com “Sunshine Cleaning”(2008). Nomeado ao grande prêmio do Júri ano passado em Sundance, o longa é anunciado por ter os mesmos produtores e as semelhanças vão além do título.

A duologia Sunshine tem o mesmo ator, Alan Arkin, fazendo o mesmo papel do avô complacente e encorajador da criança peculiar em questão: Oscar, um garoto com problemas de comportamento constantemente subjugado por seus professores; é aí que a protagonista decide mudar o filho para uma escola particular. Amy Adams, que comprova sua compêtencia do blockbuster ao indie, é mãe solteira do pequeno Oscar.

Popular ex líder de torcida, Rose agora faz faxinas nas mansões daquelas que a invejavam quando adolescente, seu namorado do colégio, o cobiçado jogador de futebol americano, hoje a mantém numa relação fora do casamento. À margem da sociedade, a endividada Rose mantém o otimismo entoando mantras de auto-ajuda e convence a irmã recém-desempregada a juntar-se a ela numa inusitada e rentável oportunidade: executar limpeza de cenas de crime. Compram um velho furgão que recebe status de profissionalismo com a logo da empresa: “Sunshine Cleaning”, e em trâmites burocráticos conhecem outro personagem ‘underground’, o vendedor da loja de produtos químicos, que configura o quinto elemento da trama pessoal de Rose.

A morte, a esperança, a aceitação pessoal e social, a reflexão acerca do sucesso e da felicidade são abordados com um pouco mais de profundidade pelas lentes de Christine Jeffs, dos dramas “Rain”(2001) e “Sylvia”(2003), numa obscuridade mais explícita do que em “… Miss Sunshine”, que faz com que os risos do expectador sejam seguidos de um certo desconforto, uma censura complacente.


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Metalinguístico ou autoindulgente?

Posted : 14 years, 4 months ago on 16 December 2009 11:04 (A review of Broken Embraces)

Harry Caine nasce depois do acidente em que Mateo Blanco perde um grande amor e a visão; o pseudônimo roteirista ocupa por completo a vida do diretor por catorze anos até que seu passado o reencontre e Mateo possa tocar a imagem de sua amada. Poético, grandioso, Almodovar.

Repetitivo ou fiel ao seu estilo dividem os que reduzem “Los Abrazos Rotos”(2009) como não sendo a melhor película do diretor e os que o veneram. É fato que o homosexualismo, as paixões súbitas, a corrupção (da alma), o moralismo, as dores, a tragédia e Penélope Cruz estão presentes, mas dessa vez as (auto) referências e reverências metalinguísticas protagonizam esse espelho de sua obra, assim como (literalmente) de sua musa, com capciosa propriedade quando há dificuldade em dizer se essa ode sobrepuja a trama.

Desenhado numa narração menos tempestuosa e apoteótica que seus antecessores todavia acompanhado da evolução de sua assinatura, a expressão visual: sempre vibrante e cada vez mais sofisticada; é, na verdade, esse vigor das cores de Almodovar que confere a grandiosidade de ”Abraços Partidos”.


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geek Rocky [Balboa]

Posted : 14 years, 4 months ago on 16 December 2009 11:00 (A review of The King of Kong: A Fistful of Quarters (2007))

Com uma edição nada sutil mas igualmente esperta e cativante, a disputa pelo maior score num arcade é contada sob um drama de superação tal, que o documentário é praticamente uma variante nerd de “Rocky [Balboa]” (1976). De um lado do ringue, Billy Mitchel, microempresário egocêntrico e mimado que apóia sua arrogância no título que recebeu na adolescência, de melhor jogador de Donkey Kong, e o fato de que 20 anos depois ninguém atingiu sua pontuação. Do outro, Steve Wiebe, frustrado por sempre ter sido quase o melhor em tudo que já tenha tentado, o pacato professor ginasial de ciências instala o arcade em sua garagem obstinado a quebrar o recorde de 1982. O expectador definitivamente compra a briga e se emocina com Steve e sua família indo contra os egos, estratagemas e perseguições numa disputa desleal contra o “sistema”, Billy e a Twin Galaxies, entidade que valida e registra esse tipo de ranking.

Dirigindo seu primeiro longa, Seth Gordon, foi visionário e genial ao colher (e escolher) todos os elementos necessários para criar uma trama emocionante: o mocinho, o cara mau e poderoso, injustiça, perseverança e a real importância das coisas. A narrativa dinâmica, divertida e deliciosamente refrescante, sem contar o tom quase surreal da grande maioria dos personagens que figuram o submundo dos games, a idolatria à Billy, os óculos, as reações e os depoimentos que permeam a briga pelo título, assim como imagens de algumas jogadas e animações bem posicionadas recheadas de didatismo, confere título de bom cinema para “The King of Kong“, que embalado pela atmosfera épica de Gordon e a resposta do público, está ganhando uma sequência ficcional.


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The Limits of Jim Jarmusch.

Posted : 14 years, 4 months ago on 16 December 2009 10:54 (A review of The Limits of Control)

2009 parece ter sido o ano de grandes diretores que, consagrados, permitiram-se mergulhar em seus estilos e, apesar das acusações de autoindulgência, realizaram grandes filmes transbordando em suas respectivas idiossincrasias: Los Abrazos Rotos, Inglorious Baterds, por exemplo, e The Limits of Control de Jim Jarmusch.

O diretor de Coffee and Cigarettes (2003) apresenta um longa impecável e exaustivamente estruturado num jogo de belíssimas simetrias e assimetrias arquitetônicas. A narrativa é linear porém nada convencional, onde a crua contemplação estética é exaltada pela ausência de trilha e até mesmo ruídos e sons de uma cidade como Madri, resultando em substanciosa sofisticação.

Assim como em seus anteriores Dead Man (1995) ou Broken Flowers (2005), um roteiro sobre uma iniciação, viagem ou jornada pessoal, e como em Ghost Dog (1999), o protagonista é um assassino negro que segue uma filosofia oriental. Isaach de Bakolé, com exímia silenciosa e compenetrante atuação, é o lobo solitário. Durante uma missão no “Velho Mundo”, é abordado, sempre com a mesma sentença, por diferentes personagens com quem troca caixinha se fósforos. Gael García, Tilda Swinton, John Hurt e Bill Murray são alguns nomes que figuram essas personas que, em suas breves aparições divagam sobre música, cinema, ciência ou artes.

Esses fugazes encontros ressonam ao longo do filme sob forma de canção, pinturas e imagens aliás, a trama em si é unicamente construída de uma série de espirais de simbolismos, aforismos, referência culturais e questões filosóficas enquanto a ilustre câmera de Jarmusch acompanha o protagonista em escadas rolantes do aeroporto, em sinuosas e labirínticas escadas dos hotéis na Espanha, seus ritos e ritmos habituais, e novamente no aeroporto, esse é The Limits of Control: abstrato, subjetivo e impecável. Glory to the Filmaker! como anunciou Takeshi Kitano.


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Paranormal Activity review

Posted : 14 years, 4 months ago on 6 December 2009 09:20 (A review of Paranormal Activity)

O filme segue a base de Bruxa de Blair como um suposto documentário e narrativa ‘caseira’, mas essa não-novidade não descontrói o suspense, nem o apelo aterrorizante de um contexto universalmente identificável, o lugar comum, objetos, os personagens, sem teorias além do cotidiano. Micah compra uma câmera e investe num aparato tecnológico na tentativa de registrar estranhas atividades que voltam q assombrar sua namorada, que relata um histórico prévio com alguma entidade sobrenatural. Portas batendo, ruídos estranhos e objetos derrubados sem explicação, Micah está disposto a registrar alguma atividade paranormal e mantém a câmera ligada 24 horas por dia acompanhando o casal.

A introdução de um agradecimento fictício a família de Micah e a polícia local criam a tensão necessária ainda que somente pela dúvida de se realmente tratarem de fatos reais. Outro fator é a exibição no cinema em si, ampliando os sentidos e o diretor estreante Oren Peli se aproveita disso induzindo para uma veracidade tal que por alguns momentos pensei seriamente em sair da sala tal foi o medo no decorrer das noites do casal; parece exagerado, mas esse conjunto de simples elementos funcionam bem nesta intensidade.

O final foi mudado para que deixasse margem à continuações, na verdade o único desvio é exatamente o último segundo, que assusta, mas escapa da atmosfera ‘comum’ e crível que é a grande fórmula de “Paranormal Activity“, que se tornou um dos mais lucrativos da história, já arrecadou mais de 60 milhões de dólares, sobre os míseros 15 mil da produção.


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Mammoth review

Posted : 14 years, 4 months ago on 29 November 2009 06:00 (A review of Mammoth)

A sinopse de “Corações em Conflito” é morna mas ainda sim convidativa: um jovem e rico casal de Nova York e sua filha de 8 anos; ele, um webdesigner juntando somas de dinheiro e ela, uma cirurgiã. Ambos enfrentam dilemas existenciais: Ellen, em longos plantões médicos passa a questionar suas prioridades quando percebe que a filha prefere a companhia da babá filipina, esta, que só pensa nos dois filhos que deixou em seu país de origem; enquanto Leo, em viagem de negócios à Tailandia acabará por desencadear uma série de eventos que será dramática à todos os envolvidos.

O casal é protagonizado por jovens e renomados atores: Gael Garcia Bernal e Michelle Williams. Tudo parece normal por dois detalhes: o primeiro é a babá filipina que deixa os filhos para trás e se dedica a cuidar de outra criança por dinheiro e até onde vimos na resenha, o final não é feliz, logo retomei a memória a “Babel“, ao segmento em que o próprio Gael Garcia participa, e ficou uma sensação de “já vi isso antes”. Mas o que não encaixa no cenário é Lukas Moodysson.

Moodysson nada mais é o responsável pelo asco “Um Vazio em Meu Coração”, um filme banal, chocante e pretensiosamente provocativo na gratuidade, que tive o desprazer de assistir no Festival de 2004. Não consigo conceber como um cineasta que escolheu o viés desnecessária e absurdamente escatológico naquele ano, conseguiu um filme que além do grande público ter estômago para assistir, pacatos e conhecidos atores aceitaram os papéis e “Mammut” levou o Urso de Ouro em Berlim este ano


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