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Nathalia Montecristo

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2013 (27 items)
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Published 11 years, 3 months ago
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Festival do Rio 2010 (pocket edition) (12 items)
Movie list by Nathalia Montecristo
Published 13 years, 6 months ago



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Tony Montana não é páreo para Um Profeta.

Posted : 13 years, 9 months ago on 21 July 2010 01:36 (A review of A Prophet)

Um drama prisional elaboradamente delineado numa França contemporânea onde novas leis do governo Sarkozy acerca da repatriação de prisioneiros tem impacto direto no rumo das personagens. O protagonista, Malik El Djebena, órfão francês de origem árabe condenado a seis anos de prisão, o motivo pelo qual entrou é irrelevante, “Un Prophète”(2009) irá revelar os fatores definitivos num processo de auto-descoberta e a jornada que lhe moldou uma (nova) identidade.

Malik, com de dezenove anos, é imediatamente acuado por uma dinâmica interna de subornos e tráfico da qual logo descobre que não há modo de sobreviver indiferente. Em troca de proteção, diga-se fugir da sentença de execução por parte da facção de prisioneiros oriundos de Córsega ( ilha do Mediterrâneo, dialeto italiano porém é administrada pela França), ele precisa executar outro preso do Bloco B, facção dos árabes. Numa cena incômodamente tensa ele treina como esconder uma gilete na lateral da boca. Reyeb posteriormente torna-se uma presença fantasma para seu jovemexecutor.

Sob um tom discreto anedótico, o protagonista é incorporado ao grupo dos corsos e assume tarefas cada vez mais importantes no (sub)mundo do crime, o ancião mafioso administra cada passo de Malik e agiliza seu direito de condicional, somente com a intenção de que ele lhe sirva também em trabalhos fora da cadeia, a esta altura, Malik deixou de ser semianalfabeto freqüentando aulas de francês e economia no presídio e dedicou-se a estudar por si só o italiano.

Outros personagens, um prisioneiro árabe com câncer terminal e um cigano traficante de haxixe, iram possibilitar a expansão da rede de contatos e contratos de Malik, que acaba num golpe magistral coloca inimigos frente a frente para acertarem suas contas enquanto arquiteta uma manobra para permanecer isolado (e ileso), me perdoem os aficionados por Scarface(1983) mas Tony Montana não é páreo para Malik.

As questões político-sociais e raciais são pilares que sustentam a trama, assim como uma análise acerca da (in)eficiência da instituição prisional não são a proposta final, mas fundamentam o desenrolar habilmente encorpado com toques modernistas em pontuados letreiros e um sofisticado surrealismo por parte de pequenas sequências oníricas acertadas pelo diretor parisiense Jacques Audiard [(De Tanto Bater Meu Coração Parou(2005)], que criou uma das fitas mais interessantes (e viciantes) do gênero. Grand Prix em Cannes, Bafta, 9 prêmios no Cèsar Awards, melhor filme e prêmio do Festival de Londres, indicações a Palma D’or, Globo de Ouro e Oscar, “Um Profeta” é um ícone do cinema contemporâneo.


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La teta assustada

Posted : 13 years, 9 months ago on 21 July 2010 01:24 (A review of The Milk of Sorrow)

Paralisada pelo medo, Fausta tem inserida uma batata em suas partes íntimas para proteger-se do mesmo destino de sua mãe, ela é acometida por uma condição popularmente chamada “teta assustada” que acredita-se afligir filhas de mães que foram violentadas durante os anos de guerrilha no Peru.

Os elementos de “La Teta Asustada”(2009) são demasiado fortes e parecem absurdos num primeiro momento porém o meticuloso olhar e estupendo mise-en-scène alinhado etnograficamente pela diretora e roteirista Claudia Llosa, que abre mão de qualquer pressão comercial, envolvem o contexto num fascinante realismo. As impecáveis composições de diversas cenas de casamento controem uma fidedigna, admirável e poética dissertação acerca da idiossincrasia folclórica, antropológica e sócio-cultural daquele microcosmo.

A mútua sensação de deleite e profundo incômodo são sentidas desde a abertura em que a mãe de Fausta entoa uma agradável melodia num antigo idioma dos Andes enquanto a legenda traduz o relato de horror atentado contra ela, um testemunho delineando o cinema como poderosa ferramenta numa impecável medida artístico-documental, que mereceu o prêmio máximo em Berlim 2009.


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El Secreto de sus Ojos

Posted : 13 years, 9 months ago on 21 July 2010 01:22 (A review of The Secret in Their Eyes)

Esposito (Ricardo Darin) é um investigador penal aposentado que decide escrever um livro baseado em um caso nunca resolvido na década de 70, quando uma mulher foi estuprada e espancada até a morte. Esposito se mantém particularmente movido pela devastação do marido da vítima. Ao reencontrar-se com Irene, sua supervisora na época das investigações, imediatamente percebemos uma faísca que denuncia antiga atração entre eles.

Sobre uma ponte temporal entre 1974 e o atual 1999, a adaptação do romance de Eduardo Sacheri, co-roterista com Juan José Campanella mantém o pulso literário focando nos diálogos e olhares ao invés das convenções de tensão de um thriller policial, uma posição ousada convertida em acerto por Campanella. O plano sequencia acima apresenta a maestria do diretor argentino que confere força ímpar ao longa.

Em “O Segredo dos Seus Olhos”(2009) a conhecida melancolia dos filmes argentinos está presente assim como a frustração tanto de Esposito quanto Irene acerca do passado, das escolhas e possibilidade de novas mudanças. Além do romance ainda não declarado dos protagonistas, as questões políticas que cercam o crime, na época da ditadura, permanecem na medida certa, sutis ainda que necessárias em uma fita centralizada na justiça, na memória e que nos conecta com sua reflexão acerca da energia que nos move, seja o amor ou a sede de justiça.


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Charlize Theron e Kim Basinger No Deserto

Posted : 13 years, 9 months ago on 21 July 2010 01:19 (A review of The Burning Plain)

“The Burning Plain“(2008) é mais uma obra fragmentada do roteista Guillermo Arriaga [Amores Perros(2000),21 Gramas(2003), The Three Burials of Melquiades Estrada(2005) e Babel (2006)], de escrita emocionalmente elaborada e sequências trabalhadas no visual desértico da fronteira México e Eua, que depois de uma bem sucedida parceria com o diretor também mexicano Alejandro González Iñárritu, assume ineditamente as câmeras sob melindroso limiar de auto-indulgência e autoria.

Em “Vidas que Se Cruzam”, Charlize Theron é uma mulher visívelmente danificada, entre um cigarro e outro e sexo casual com diferentes homens, ela tira uma pausa em seu trabalho para se automutilar. Ela está sendo seguida por Carlos, a quem, sem saber os motivos de seu interesse, imediatamente oferece sexo.

Paralelamente conhecemos a adolescente Jennifer no momento que descobre o adultério da mãe, a pacífica e amorosa Gina (Kim Basinger), que enfrenta um dilema entre a recente paixão correspondida por Nick e o desconforto de sua feminilidade comprometida após a retirada de um câncer de mama. O trailer que servia de cenário para os encontros extraconjugais explode e a morte do casal evidencia o relacionamento e as duas família entram em confronto enquanto, à moda Shakespeare, Jennifer e o filho de Nick desenvolvem uma relação muito diferente do ódio.

Em outro fragmento, um piloto de monomotor que pulveriza fazendas no Novo México sofre um acidente sob o olhar se sua filha. No decorrer do filme as peças lentamente se encaixam evidenciando a conexão direta entre as personagens e as raízes de suas angústias com uma proposta final redentora à la Arriaga.


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Soul Kitchen review

Posted : 13 years, 9 months ago on 21 July 2010 01:17 (A review of Soul Kitchen)

A comédia pode aparecer em doses triviais como uma cena de ereção numa sessão de quiropraxia ou um tropeço desastroso durante um funeral, mas em se tratando do garbo de Fatih Akin, só podemos acusar seu “Soul Kitchen”(2009) com o eufemismo de espirituoso, até porque, na maior parte do tempo, é.

Depois dos densos dramas anteriores Contra a Parede(2004) e Do Outro Lado(2007), o prolífico diretor alemão de origem turca nos leva a uma Hamburgo contemporânea, jovem e miscigenada, e consegue transferir a sensação de conforto que ele próprio nutre com o cenário em viveu por muitos anos. Esse saboroso elemento intimista funciona bem com o público bem com júri de Cannes, que lhe conferiu prêmio em 2009.

No roteiro, um jovem alemão de origem grega, dono de um restaurante ‘de beira de estrada’, vê a bela namorada partir para uma longa temporada em Xangai no mesmo período em que seu irmão sai em condicional(rosto familiar de Corra Lola, Corra), agentes sanitários o pressionam, assim como um mal intencionado colega de infância, um tempestuoso chef (o protagonista de Contra a Parede) assume o cardápio de seu restaurante e um pequeno acidente o leva a um consultório de quiropraxia.

Esta sincronia de infortúnios, os rostos de atores conhecidos e a atmosfera calorosa apresentada por Akin criam um clima descontraído e facilmente nos envolve (da mesma maneira convidativa que faz aos novos clientes) durante a transição de Soul Kitchen à um lugar aconchegante, badalado, que seduz seus freqüentadores descolados com alta gastronomia e uma agradabilíssima trilha de soul e funk, marcada por uma noite, particularmente extravagante, que demarca o clímax do filme, sucedido por uma sequência bem morna de reviravoltas e desencontros que só retoma o sabor brevemente nos estilosos créditos finais.


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Sede de vampiros sedutores.

Posted : 13 years, 9 months ago on 21 July 2010 01:15 (A review of Thirst)

Pois os vampiros vieram com tudo mesmo, da série True Blood, passando por essas adaptações de livros, e até mesmo Willem Dafoe e Ethan Hawke protagonizaram um longa com essa temática, Daybreakers(2009), ainda sem previsão de ser lançado no Brasil. E no ano de 2009, vampiros chegaram até Cannes pelas lentes do cultuado Chan-Wook Park, e levou prêmio do Júri por “Sede de Sangue“.

Nessa versão sul coreana, um padre voluntário no desenvolvimento de uma vacina recebe uma transfusão e é o único curado dos sintomas da doença fatal, e acaba atraindo uma legião de fiéis em busca de curas para outras tantas efermidades. Essa é a primeira parte do filme.

Na busca de salvação através do padre milagroso uma mãe procura cura para seu filho acometido de um cancêr, que foi amigo de infância do padrevampiro, e este passa a conviver em sua casa como nos tempos de infância e descobre os prazeres da carne com a esposa do conhecido numa tensão entre o “desespero e a depravação”. Esta é a segunda parte.

Em seguida, Bakjwi/Thirst (2009) passa a ser uma tragicomédia romântica onde os protagonistas tem sede de sangue e precisam se entender como casal, que retoma, nos doces momentos de Mido e Dae-Su de “Oldboy“(2003).

A fita tem cinematografia bem acentuada, divertido, mas arrastasse por entre esses ápices conclusivos sequidos por outra sequência de acontecimentos. Porém, pessoalmente, o ’defeito’ maior do filme é mesmo a associação vampiresca com uma doença de ascos sintomas quando sou a favor dos bons e velhos imortais sedutores e sofisticados, como em “Entrevista com Vampiro“ (1994).


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The U.S. vs. John Lennon review

Posted : 13 years, 9 months ago on 21 July 2010 01:13 (A review of The U.S. vs. John Lennon)

Membros do governo dos Estados Unidos, advogados e pessoas próximas ao casal Yoko e Lennon, intelectuais como Gore Vidal e Noam Chomsky e alguns líderes ativistas dos anos 70 compõe uma série de depoimentos que agrega o documentário de David Leaf e John Scheinfeld.

“The U.S vs John Lennon”(2006) descreve como um músico/artista chegou ao ponto de perturbar o governo Nixon em vigor, ter seus direitos violados por escutas telefônicas ilegais, perseguido pelo FBI e entrou em uma briga de quase cinco anos com as constantes investidas do Serviço de Imigração americano para deportá-lo.

O documentário abre com entrevistas dos Beatles em que destacam o poder da voz de John Lennon e sua plena consciência do alcance de suas palavras e escolha por uma responsabilidade de transmitir uma mensagem acerca da guerra que acontecia no Vietnam ao invés de limitar-se a música. Nesse momento os roteiristas infiltram imagens de jovens soldados mortos, estatísticas e relato de um veterano paraplégico.

Um ponto definitivo na vida de Lennon foi o encontro com a então artista conceitual Yoko Ono e o efeito libertário dessa união para seus ideais. Agregou o tom performático e tentava ilustrar seus conceitos como bagismo e “comunicação total” para os céticos jornalistas que incessantemente acompanhavam o casal, e assumiram uma postura conjunta e exibicionista para transmitir a paz e a relação direta com as novas canções que levava multidões a entoarem “Give peace a chance”, canções que denunciava para os inimigos e conservadores seu comportamento subversivo.

A posterior associação do casal com radicais de movimentos paralelos como Panteras Negras, é contada pelos roteirista relevando um caráter ingênuo de John e o colocam como joguete político dos ativistas dos quais ele financiava a ideologia e outras polêmicas envolvendo o uso de drogas ou elemento negativo para a figura de John Lennon não são tratados. Há certamente um peso do sentimentalismo e complacência de David Leaf e John Scheinfeld.

Como um filme que poderia levantar questões acerca dos maniqueísmos de um governo beligerante e a repercussão frustrada das vozes opositoras de frente ao imperialismo estadunidense nos dias atuais, “Os E.U.A. vs John Lennon” é uma boa saudosista biografia.


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Adam Elliot e suas síndromes.

Posted : 13 years, 9 months ago on 21 July 2010 01:12 (A review of Mary and Max)

O diretor e roteirista australiano Adam Elliot, da animação “Harvie Krumpet” (2003) premiada com Oscar de melhor curta, retoma sua combinação de fantasia mordaz em claymation (animação feita com moldes de argila) para traçar vinte anos de um improvável amizade no conto sincero e sombrio “Mary and Max”(2009).

Mary é uma menina australiana de 8 anos de idade, solitária, com uma marca de nascença na testa, negligenciada pela mãe alcoólatra e o pai viciado em seu hobby. Certa vez, ela acabou por sortear um nome num livro dos correios e escreveu para um endereço em Nova Iorque para perguntar se os bebês na América também surgem no fundo de canecas de cerveja como sua mãe contou. Em outro continente, o destinatário Max de 40 anos tem em comum com sua nova amiga de correspondência a solidão e a admiração pelo desenho televisivo The Noblits e chocolate.

Na troca de cartas, Mary confidencia detalhes de sua rotina como o bullying que sofre na escola e o conforto que encontra em uma lata de leite condensado enquanto Max revela seus três objetivos na vida: conseguir a coleção completa de bonecos dos Noblits, ter uma fonte de chocolate e encontrar um amigo.

A sombria cenografia compõe o teor melancólico do conteúdo das cartas, das fatalidades, neuroses, feridas, frustrações e desencantos que acompanham os anos seguintes até que a jovem Mary possa dividir com seu amigo um breve momento de sucesso com seu casamento e a publicação de um livro sobre a condição neurológica da qual Max é acometido, a síndrome de Asperger (o protagonista de seu Harvie Krumpet também possuía um transtorno psiquiátrico que moldaria sua vida, no caso síndrome de Tourette), porém as histórias de vida antes independentemente descritas tornaram-se diretamente afetadas mutuamente pela excêntrica amizade de Mary e Max.

Um elemento de repetição e morbidez emanam na segunda parte da animação, acompanhados de elementos mais pesados como ansiedade, suicídio, alcoolismo, morte e abandono e já não há lugar para um peculiar humor que permeava as dificuldades de ambos inicialmente, ainda assim “Mary e Max: Uma amizade Diferente” consegue atingir uma sinceridade ímpar e a dublagem pujante dos atores Toni Collette, Philip Seymour Hoffman, Eric Bana e a narraçao do comediante australiano Barry Humphries resultam numa obra muito além de um simples stop-motion com belíssima direção de arte, há vida e feridas reais . Escolhido para a noite de abertura de Sundance 2009 é citado ser baseado em fatos reais, e numa entrevista Adam Elliot afirmou ter se inspirado em seu amigo ‘de correspondência’ novaiorquino. Sinistro.


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Bonitinha mas ordinária.

Posted : 13 years, 9 months ago on 21 July 2010 01:06 (A review of Coco Chanel & Igor Stravinsky)

O romance de Coco Chanel, com o comerciante comerciante inglês Arthur “Boy” Capel, encontra trágico fim com a morte de Boy, aquele que a levou á Paris e investiu em sua primeira grife de chapéus, num acidente de carro. Essa passagem biográfica encerra o didático “Coco Before Chanel”(2009) com Audrey Tautou, de luto, desfilando sua primeira coleção e dá partida a produção art nouveaulesca de “Coco Chanel & Igor Stravinsky”(2009).

Era 1913, o compositor russo Igor Stravinsky estreou em pleno Théâtre des Champs Elysées seu revolucionário e polêmico espetáculo. A rejeição foi generalizada, porém uma igualmente vanguardista espectadora sentiu verve como a modernidade do balé apresentado. Sete anos mais tarde foram apresentados.

A atração foi instantânea e elétrica. Influente, Chanel decide patrocinar a produção do novo balé e hospeda Stravinsky em sua residência em Garches, juntamente com sua esposa e filhos, para que ele tivesse um ambiente que o ajudasse a compor. As visitas de Coco eram constantes e os dois iniciaram um romance majoritariamente sexual.

Coco Depois de Chanel evoca os valores franceses: a elegância, a liberdade e a insolência, que, apesar de imperativa e imperialista, Anna Mouglalis veste de forma branda. Mads Mikkelsen prende-se a austeridade do compositor russo. A forte personalidade de dois ícones artísticos do século, é decorada por interiores art-deco estilizados, sons e imagens entregues pelo título e pouco diálogo, traduzindo um dúbio vazio em questionarmos este o encontro como um capricho temporário.

O affaire é ilustrado quase avulsamente á carreira da impiedosa dona da Maison Chanel e a confecção do icônico perfume Chanel nº 5, exceto pela fútil arrogância da personagem em presentear a enferma esposa de seu amante com um frasco do perfume, fato que culminou com a saída de Catherine Stravinsky e os filhos da residência Chanel. Construção e condução que ganham ares redentores no epílogo juntamente com a própria Madeimoselle, aos 88 anos, rica e solitária em sua suíte no Ritz, em seu derradeiro suspiro.


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deliciosamente incorreto

Posted : 13 years, 9 months ago on 21 July 2010 01:05 (A review of Adam's Apples)

O prolífico roteirista de Stealing Rembrandt(2003), The Duchess(2008), Brødre(2004), Brothers(2009), do vencedor na categoria melhor curta metragem este ano The New Tenants, e supervisor do Anticristo de seu conterrâneo Lars Von Trier, Anders Thomas Jensen assumiu as câmeras no ano de 2000 e embarcou em uma saga recheada de humor mordaz, diálogos ágeis e tão surreais quanto pertinentes e situações inóspitas com personagens amorais sitiados na zona rural de sua Dinamarca.

Em Blinkende Iygter/Flickering Lights, um grupo de gângster foge com a grana de um mafioso e acaba no interior do país onde, com o passar das semanas, e vacas metralhadas no processo, o desejo de permanecer no local entra em conflito com o passado criminoso do bando. Três anos mais tarde, em De grønne slagtere/The Green Butchers, dois funcionários revoltam-se contra o patrão e tentam abrir seu próprio açougue, acidentes infortunosos coincidem com uma grande encomenda de carne e o negócio prospera.

Mads mikkelsen encerra sua participação na trilogia com “Adams æbler/ Adam’s Apples“(2005), onde interpreta um injustificável vigário, que personifica a passagem bíblica “dar a outra face”, encarregado de supervisar detentos num programa alternativo de liberdade condicional. O recém-chegado é Adam, um skinhead hostil, confrontado desde o primeiro dia pelo diabo em sua nova missão paroquial: a de confeccionar um bolo com os vistosos frutos da macieira.

Por sua vez, o neonazista confronta o comportamento inabalavelmente otimista do padre violentamente proporcional a revelações graduais dos outros fiéis que buscam orientação do pároco: um cleptomaníaco com histórico de estrupro, um imigrante que rouba de multinacionais e uma grávida desequilibrada.

Em “Entre o Bem e o Mal”, optando pela gratuidade da violência e abordagem explícita de temas como pedofilia, paralisia cerebral, câncer, suicídio, holocausto e negação, Anders é capaz de orquestrar com um roteiro sagaz e extremamente bem humorado, diálogos tentadores e personagens desajustados e politicamente incorretos uma fita surpreendentemente deliciosa.


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Nathalia Montecristo commented on a list
Mad about Mads (19 movies items)

"and a lot Mihai. I most enjoy Thomas Jensen, Lars and Susane Bier."


13 years, 6 months ago
Nathalia Montecristo commented on a list
Mad about Mads (19 movies items)

"alto, nórdico e e os filmes ainda sao excelentes, veja só! ahahahahha"


13 years, 8 months ago
Nathalia Montecristo commented on a list
With Glasses (16 person items)

"Luke Grimes nao conhecia. o q eh essa foto dele de pijama !? *_*"


13 years, 8 months ago
Nathalia Montecristo commented on a list
With Glasses (16 person items)

"é mesmo dificil alguem q aprecie o Mads assim como nós, digo isto pois vc marcou certeira a foto dele q eu mais passo mal rs. saudações p seus bons moços aqui, amei sua lista, original e saborosa"


13 years, 8 months ago


Comments

Posted: 14 years, 5 months ago at Nov 27 18:27
=)