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All reviews - Movies (77)

Xarope Indie

Posted : 14 years ago on 31 March 2010 07:01 (A review of Extract)

Um pequena fábrica de extrato (xarope de amêndoas para recitas caseiras de bolos e doces) tem como corpo de funcionário estereótipos como: um roqueiro acéfalo conduzindo a empilhadeira, alguns imigrantes latinos que não falam inglês, um caipira com aspirações a gerência, uma dupla de senhoras futriqueiras e queixosas, um gerente impassível e o dono boa-praça, que apesar do sucesso financeiro, logo nos apresenta sua dinâmica pessoal: chegar em casa antes que a mulher vista as calças de moletom, circunstância sentencial para a possibilidade de algum romance.

Assim, quando a esposa desmerece suas investidas pelo programa que vai começar na TV, Joel segue para despejar suas frustrações no bar do seu melhor amigo, Dean, que possui um arsenal de medicações tarja preta e acredita que elas resolvem qualquer problema.

Paralelamente conhecemos uma jovem que usa sua beleza em pequenos e bem sucedidos trambiques e um acidente em cascata na fábrica, leva a bela golpista (Mila Kunis de That Seventies Show) a tornar-se funcionária temporária de Joel, que divide o dilema entre o morno casamento e o flerte com a nova funcionária no balcão do bar na mesma noite em que aceita as pílulas milagrosas de Dean e o resultado é o plano de contratar um gigolô para seduzir a esposa, se ela o trair primeiro, o caminho está livre para ele sucumbir. Porém o plano, como é de se prever, não sai como o combinado.

Com atmosfera e atores ícones da cena indie como o protagonista Jason Bateman, o “pai da Juno” J.K. Simmons, Beth Grant, o roteirista de diretor Mike Judge ( de Beavis e Butt-Head ) assume “Extract” (2009) com tons de sitcom com direito a convidados ilustres como Gene Simons na pele de um circense advogado do povo e o mainstream Ben Affleck com aparência duvidosa fazendo um papel secundário com o melhor amigo drogado e imaturo de Joel. E a boa e conhecida fórmula triunfa mais uma vez com um bom roteiro leve, composto de pequenos desastrados e divertidos acasos e a presença magnética do elenco.


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The Book of Eli review

Posted : 14 years, 1 month ago on 24 March 2010 05:48 (A review of The Book of Eli)

Zatôichi meets Mad Max em Alcatraz

Na mesma semana que estréia um filme sobre os dilemas de Charles Darwin acerca do impacto de suas evidências evolucionistas numa sociedade moldada em princípios religiosos, outro lançamento é um blockbuster que postula um homem cristão como seu herói. Talvez o cientista não tivesse perdido tantas noites se soubesse que 150 anos após a publicação de suas descobertas, o mote de um andarilho protegendo o último exemplar de um livro sagrado seria um campeão de bilheteria.

Denzel Washington é um homem solitário atravessando uma vasta paisagem estéril resultante de uma catástrofe global. Carrega consigo uma mochila e uma espada diariamente afiada e quando encontra hostil companhia de saqueadores e canibais demonstra que definitivamente sabe usá-la. A primeira metade de “The Book of Eli”(2010), com a poderosa presença de Denzel sobrevivente numa excelente cinematografia carbonizada e desértica, é bastante promissora, mas tão logo encontre uma versão faroeste pós-apocalíptica de Mad Max as coisas mudam.

As poucas regras nesta anarquia mad maxiana, que conta com violentos motoqueiros empoeirados, são impostas por Carnegie (não o melhor vilão de Gary Oldman), que tem como único objetivo encontrar o livro que é capaz de “ordenhar” as pessoas e dominar o mundo. O mesmo livro que, pasmem, está na mochila do forasteiro; mas Carnegie ainda não sabe disso quando o convida a passar uma noite no saloon na companhia de sua enteada, a that seventies show Mila Kunis, que munida de estilosos aviator agrega outra repetida sequência slow motion de Eli em sua fuga pelo deserto.

Os irmãos Hughes, de From Hell (2001), acabam por entregar um excelente conto americano: superficial, alegórico e com um pesado arsenal de armas de fogo e muita, mas muita munição, sem abandonar as ideologia cristã; a cereja do bolo: um final profético em Alcatraz. tsc tsc


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Criação

Posted : 14 years, 1 month ago on 20 March 2010 05:16 (A review of Creation)

“A obra `A Origem das Espécies` de Charles Darwin, publicada em 1859, tem sido chamada de a maior idéia original na história do pensamento. Esta é a história de como foi escrita”.

Elucidamente anunciado por esta citação inicial, “Creation”(2009) mergulha na pesquisa individual do cientista sob uma ótica da complexidade temporal e o dilema moral, focada em sua devotada relação com a primogênita e precoce Annie.
No roteiro, baseado no livro “Annie`s Box”, escrito após o autor Randal Kyenes, tataraneto de Darwin, encontrar uma caixa com alguns pertences de Annie, Darwin aparece em seus quarenta anos, recluso e melancólico, com a saúde fraca, profundamente preocupado com a propagação dos resultados de sua pesquisa em uma sociedade fundamentada no cristianismo, assim como a resposta de sua religiosa esposa a uma guerra que Darwin trava com Deus, “da qual ele não pode ganhar”, nas palavras de Emma Darwin, numa interpretação duvidosa de Jennifer Connelly. Quem triunfa é seu marido (também na vida real) Paul Bettany.

Em flashbacks, ele aparece relatando trechos de sua viagem a bordo do Beagle, em especial sua passagem pela Argentina, para sua vívida e curiosa ouvinte, que demonstrava precoce interesse e prodígio entendimento pelos estudos do pai. Paul e a pequena (e notável) Martha West atingem uma sincronia e afeição intensa e espontânea em uma demonstração espetacular de profunda e tão especial conexão filial; simples olhares transbordam em admiração mútua capaz de nos atingir com uma real sensação de luto e pesar por sua morte aos dez anos de idade, tragédia que devastou igualmente a saúde e psique de Darwin. É preciso dizer que qualquer burburinho que já se tenha ouvido sobre uma interpretação mirím não é concorrência para Martha como a Annie.

Sua morte também foi definitiva para romper sua crença e culpa com a Igreja, enquanto sua esposa buscou refúgio nela, um abismo foi aberto entre o casal, principalmente pelo fato de que eram primos de primeiro grau e culpava-se pela direta e conhecida relação entre o parentesco próximo e a debilidade da Annie. Darwin torna-se, então constantemente assombrado e confortado pela presença póstuma da filha.

Algumas digressões de teor científico são ricamente ilustradas pelo diretor inglês Jon Amiel nesta cativante e sensível biografia do ilustre Charles Darwin apoiada em exímia competência na edição, direção de arte, na comovente trilha sonora de Christopher Young, que poderiam ter composto uma fita impecável não fosse a escalação de Jennifer Connelly. Ainda assim, não é motivo para “Criação” ter sido tão subestimado, é necessário lembrar que (absurdas) correntes criacionistas tem seu espaço, inclusive defendida por figuras políticas dos EUA e Reino Unido.

para os aficionados por Darwin e (certamente) pelo filme recomendo o site oficial [Link removed - login to see]


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Um Sonho Possível

Posted : 14 years, 1 month ago on 20 March 2010 05:10 (A review of The Blind Side)

Baseado na não-ficção homônima de Michael Lewis, a improvável história de Michael Oher passa por dois momentos definitivos: o pai de um amigo convence o treinador de um tradicional colégio cristão a matricular os meninos para aproveitar seus dotes como esportistas; é lá estudam os filhos da família Tuohy, que viria a ser sua futura família.

Sandra Bullock está incorrigível no papel da matriarca Leigh Anne, ex-líder de torcida, sulista, republicana, esposa de um jogador de basquete aposentado e dono de uma cadeia de franquias. Tim McGraw, que já atuou em outro drama de futebol americano Friday Night Lights(2004), faz o marido cúmplice e carismático, que apóia a decisão de Leigh Anne em abrigar o famigerado e sem-teto Big Mike numa noite fria, e todas as que se seguiram. É a família Tuohy, aficionada por esportes, que impulsiona Michael a aperfeiçoar seu talento para o futebol quando ele nem conseguia assimilar as regras do jogo.

Sem grandes reviravoltas mas nem por isso menos envolvimento e torcida por
parte do espectador, John Lee Hancock opta por não explorar visualmente a infância traumática com a mãe viciada em drogas e passagens por lares adotivos, essas informações são entregues em diálogos, deixando espaço para a emocionante jornada de Mike a partir de sua entrada como semianalfabeto em Wingate, uma batalha acadêmica para garantir uma bolsa de estudos em uma faculdade com objetivo de jogar profissionalmente ao comovente epílogo com imagens reais da entrega do prêmio da NFL(National Football League) concedido ao blind side do Baltimore Ravens, Michael Oher.

O título “The Blind Side” na linguagem futebolística se refere a posição tackle à esquerda, com o objetivo de proteger o lado onde o atacante, que está de costas não enxerga, o lado cego. Por aqui “Um Sonho Possível”(2009) supera qualquer preconceito seja com Sandra Bullock ou a temática do futebol americano, é um filme bem edificado, emocionante, correto e com toda a bagagem de otimismo e motivacional que histórias de sorte e superação podem nos proporcionar.


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Ilha do Medo

Posted : 14 years, 1 month ago on 15 March 2010 10:37 (A review of Shutter Island)

A adaptação homônima do livro “Shutter Island” de Dennis Lehane, que enreda misteriosos acontecimentos em um hospital psiquiátrico para criminosos condenados na década de 50, inicialmente seria dirigida por David Fincher [Seven (1995), Clube da Luta (1999), Benjamin Button (2008)] e protagonizado por seu muso Brad Pitt e Mark Wahlberg, ambos estavam em outros projetos e o roteiro foi enviado a Scorsese.

Di Caprio e Mark Ruffalo são apresentados como os agentes federais Teddy e Chuck investigando o desaparecimento de uma paciente com histórico de ter assassinado seus três filhos afogando-os, esta é uma das peças para o grande quebra-cabeças que entre flashbacks de sua experiência durante a II Guerra Mundial e visões de sua falecida esposa (Michelle Williams) passam a nublar a realidade com a crescente paranóia adquirida por Teddy, na medida que entramos neste limbo de possibilidades e conspiração que se mantém até uma surpreendente reviravolta.

Para os desavisados (e para evitar decepções) Ilha do Medo é um noir sobre paranóia, uma thriller psicológico com pano de fundo temporal no coração da Guerra Fria e rumores de questionáveis experiências científicas por parte dos nazistas, este cenário para inúmeras teorias da conspiração é tecido de forma meticulosa por Scorsese, costurado em alegorias como a água, a tempestade, a resistência dos diretores do hospital em colaborar com a investigação e o envolvimento pessoal de Teddy com o caso, por exemplo.

O mérito de Shutter Island(2010) foi ter caído nas mãos de Scorsese e sua equipe que fizeram uso exato da cinematografia, desde a própria arquitetura intimidadora de Ashecliffe, o figurino preciso, a densidade obscura de uma trilha cuidadosamente orquestrada abastecendo de forma eficiente o elemento (ilusório) do metafísico.


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“A Fita Branca”

Posted : 14 years, 1 month ago on 15 March 2010 10:32 (A review of The White Ribbon)

Palma D’or em 2009, “A Fita Branca” apresenta uma série de obscuros eventos que tomam lugar em uma vila rural, e majoritariamente protestante, alemã, às vésperas da primeira guerra mundial; e segundo uma narração inicial, estes acontecimentos podem esclarecer “algumas coisas que ocorreram neste país”.

Um fio de aço fora amarrado entre duas árvores trespassando o caminho do médico que cavalgava em direção a sua residência, deixando-o gravemente ferido e seus filhos ficaram sob os cuidados da vizinha, com quem o viúvo nutre uma discreta porém sórdida relação. A perversidade cresce nos deliberados incidentes seguintes enquanto o narrador revela o intrincado cotidiano local, enraizado em repreensão sob forma de severas e indefectíveis formalidades, em grande parte, executadas metodicamente pelo pastor; a emblemática fita branca, é uma das manobra de mortificação empregadas por ele para que seus filhos retomem a inocência, mais um símbolo de culpa e repressão que culmina numa espiral onde estas e outras criança são simultaneamente doestadores e vítimas.

O paralelo com “A Cidade dos Amaldiçoados” (1995) pode surgir a mente, mas diferente de John Carpenter, Michael Haneke segue apontando o mal para a condição humana, assim, dispõe imparcialmente os vestígios e revela gradualmente que o terror forasteiro(vindo de fora) é ilusório.

“The White Ribbon, A German Children’s Story” (2009) está definitivamente mais próximo da máxima de Lars Von Trier na manutenção de uma estrutura comunitária, e na hipocrisia e crueldade de suas implicações, em “Dogville”(2003); Haneke posiciona sua lente observando friamente o microcosmo desta aldeia com enviesamento amostral de uma Alemanha pré I Guerra.

De maneira crua, cerebral e monocromática, ressonante com a aspereza de seu roteiro, o diretor austríaco entrega a violência de forma ainda mais meditativa, quase filosófica, refletindo os brutais atentados como rebelião ao poder repressor. Quem serão esses filhos constantemente admoestados, abusados e silenciados em alguns anos? Esta é uma conexão para ilustrar um ambiente sufocadoramente reprimido em que os ideais nazistas posteriormente infiltraram-se.


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“Brothers”

Posted : 14 years, 1 month ago on 15 March 2010 10:30 (A review of Brothers)


O premiado dinamarquês Brødre(2004) de Susanne Bier parecia improvável para Hollywood, contudo ganhou um (fraco) remake estrelado por Natalie Portman, Tobey Maguire e Jake Gyllenhaal pelas lentes do diretor irlandês Jim Sheridam.
Em “Brothers”(2009), a saída de Tommy da prisão é ofuscada pela partida iminente do irmão modelo para o serviço militar. Sam é o filho prodígio, que se casou cedo, tem filhos pequenos e uma carreira militar como o pai. No início do filme a tensão entre as escolhas dos irmãos é exposta num jantar familiar, essa é a parte drama.

Sam estava em um helicóptero abatido no Afeganistão e é dado como morto. A notícia e os eventos que seguem o anúncio de seu presumido óbito são intercortados com cenas do recém prisioneiro dos talibãs sob torturas e coação. Esta é a parte guerra, que intente explicitar os meios que levam a devastação psicológica de um soldado e prepara o espectador para as dificuldades emocionais de seu turbulento retorno.

Enquanto Sam é permanentemente traumatizado, o cunhado substitui a sombra do irmão assumindo um novo papel na família ganhando uma tenra confiança entre as crianças e, claro, a presumida viúva, esta é a parte romance, porém a soma das partes dissolvem a tentativa de um enredo firme e denso, o oposto, é entregue á superficialidade e mesmo com boas atuações as personagens são apenas nuances e idéias deles mesmos.


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“Garota Fantástica“

Posted : 14 years, 1 month ago on 15 March 2010 10:27 (A review of Whip It)



Em “Whip it!“, Ellen Page mantém o arquétipo de Juno(2007), underground, decidida, espertona, rebelde. Sua mãe (Marcia Gay Harden) a prepara para ganhar concursos de beleza pelo interior do Texas enquanto ela usa camiseta dos Misfits. Mães X Filhas.
Juno, quer dizer, Bliss estuda e trabalha como garçonete numa lanchonete com sua melhor amiga, uma noite vão escondidas a cidade vizinha assistir a uma exibição de Roller Derby(esporte de contato sobre patins) e daí você já imagina o resto do filme, e vocês estará certo, em todo e cada clichê que imaginar de “Garota Fantástica“(2009).

Bliss diz para a mãe que está num curso extracurricular enquanto treina no time perdedor com garotas tatuadas, de cabelos coloridos e atitude(!) entre elas a debutante na direção Drew Barrymore. Há espaço(demais) para um romance indie com o carinha da banda que a troca por uma groupie loira porém ‘Babe Ruthless” dá a volta por cima. Girl Power.

Jimmy Fallon é o árbitro e pretenso hilário comentarista das partidas, Andrew Wilson (Rushmore, Charlie’s Angels, Tenembaums) é o técnico que sempre fica em segundo lugar e Juliette Lewis é a líder do time adversário. Na trilha Little Joy, Kings of Leon, Radiohead, Mgmt e Raveonettes. Cultura Pop.

Uma cena das garota fazendo guerra de condimentos numa lanchonete. O dia do concurso de beleza que prometeu a sua mãe participar é no no mesmo dia da final do campeonato das Roller Derby Girls. Sessão da Tarde.


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The (Not So) Lovely Bones

Posted : 14 years, 1 month ago on 12 March 2010 06:31 (A review of The Lovely Bones)

The Lovely Bones”, de Alice Sebold, é um aclamado romance centrado no assassinato de uma jovem de 14 anos que acompanha as conseqüências de sua morte através do limbo no qual se encontra, acompanha o isolamento de seu pai, sua mãe abandonando a família e a investigação do crime sendo encerrada sem sucesso.
A jovem Susie também assiste a outros assassinatos de seu executor impune assim como a infância traumática que teve e chega mesmo relutante a ter pena dele; mas isso não é mostrado na adaptação de Peter Jackson para os cinemas, da mesma forma que não há menção ao estupro, ao adultério de sua mãe com o investigador ou o cotovelo de Susie encontrado no milharal onde foi esquartejada.

Na versão light de Peter Jackson predomina sua obsessão com efeitos especiais e sua interfaces computadorizadas nas ricas paisagens do limbo pós-morte, algumas realmente belas, como a transposição do momento em que seu pai quebra garrafas com navios dentro, elas aparecem em tamanho real atracando na praia do limbo. Outras cenas em que Susie e sua nova companhia, Holly, outra vítima de Harvey, brincam pelos diversos oníricos cenários e sobem morros verdejantes parece mais uma versão adolescente de teletubbies, não cativam.

Com exceção de “Almas Gêmeas”(1994), não tenho nenhuma empatia pelos filmes de Jackson, mas o trailer de The Lovely Bones era promissor, todavia uma trama em que Susie se corresponde com seus familiares e os conduz a seu assassino não procede, sua (falta de)comunicação é apenas sentida como uma presença, e o único momento em que ‘se materializa’ é para ter o primeiro beijo que nunca teve (em vida). Oh.

Mesmo sem dicas do além, o solitário e esquisito vizinho atrai suspeitas do pai e da irmã mais nova, mas não concretizam na prisão do mesmo, que é mostrado no final caindo de um penhasco num acidente. Stanley Tucci no papel do assassino concorre a melhor coadjuvante no Oscar, mas Harvey beira o clichê. O resto do elenco é desperdiçado Rachel Weisz, Mark Wahlberg, só há algum espaço para Susan Sarandon, entre um trago e um gole, cuidar dos netos na ausência da mãe.

“Um olhar do Paraíso” é na verdade apenas “O olhar do paraíso”, nada mais. Ao suavizar por completo as menções e detalhes mais obscuros da estória, Peter Jackson não apenas abaixou a classificação indicativa como o configurou como um excelente filme para crianças, tratando de forma zen o tema da morte, configurando um paraíso como um bolo confeitado e alerta aos perigos em aceitar convite de estranhos para visitar instalações subterrâneas.


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Zumbilândia

Posted : 14 years, 1 month ago on 12 March 2010 06:20 (A review of Zombieland)

A abertura de Zumbilândia é bem dinâmica e ousada, apresentando o enredo delineado pelas regras de sobrevivência de um adolescente num mundo dominado por zumbis, as regras são dispostas na tela e retomadas ao longo do filme, um recurso que cativa bastante.

Jesse Eisenberg (“A Lula e a Baleia”(2005)) é um jovem solitário e em sua primeira aproximação com uma garota acaba sendo atacado quando ela transforma-se em zumbi. Posteriormente, num cenário onde os humanos são raros, Jesse ganha um parceiro completamente descuidado e impulsivo, o oposto do nerd franzino, Woody Harrelson não mede cautela em busca de seus doces twinkies, o que é bem idiota, mas estamos em uma comédia de zumbis, é divertido; enquanto o personagem de Jesse foge dos zumbis, Harrelson parece se divertir os atacando de diferentes formas. Já as irmãs Emma Stone (“Minhas Adoráveis Ex-Namoradas”(2009)) e Abigail Breslin( a pequena miss sunshine) tem suas próprias regras de sobrevivência a despeito de alguma simpatia de Emma por Jesse.

Eles se chamam por pseudônimos como Columbus, Witchita, Little Rock, segundo Tallahassee(Woody) a manobra evita que se crie intimidade, é fofo. E o filme surpreende com a participação hilária de Bill Murray, interpretando ele mesmo(!).


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